domingo, 28 de dezembro de 2014

Tijuca VI - rua Visconde de Cairú


Desta vez vemos dois sobrados geminados ecléticos nesta pequena rua tijucana que em seus melhores dias deve ter sido muito charmosa, pois ainda hoje possui várias casas em estilos variados, dentro das muitas possibilidades do período eclético.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Lapa IVb - rua Mem de Sá

Hoje no grupo "Rio Antigo" do facebook a Conceição Araújo compartilhou uma foto originalmente publicada na página "Rio que foi notícia e virou história" de um prédio com azulejos retangulares chanfrados, do tipo usados em metrôs europeus, que já vimos nesta publicação anterior.


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

São Gonçalo I - capela de Sant'Anna - Fazenda do Colubandê


A Fazenda do Colubandê é um dos monumentos históricos mais bem preservados de São Gonçalo. Parte da sesmaria doada ao colonizador Gonçalo Gonçalves, teve seu engenho vendido ao cristão novo Ramirez Duarte de Oliveira, que mudou de nome a fim de fugir da Inquisição. Em 1713, a fazenda foi confiscada pela igreja e entregue aos jesuítas. A casa grande foi construída em torno de um poço do século 17, de acordo com a tradição judaica, e não segue um estilo padrão, pois foi sendo reformada ao gosto de cada dono. O teto tem estilo oriental, as janelas mostram influência da época de Luís XV e o entorno do varanda possui 16 colunas em estilo grego-romano, com conversadeiras entre cada coluna.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Exposição Azul Cobalto - Azulejos e Memórias

Exposição Azul Cobalto - Azulejos e Memórias
Coleção Nelson Torzecki



Um objeto polissêmico portador de múltiplos significados. Produtos da vida cotidiana presente e pretérita, capazes de revelar traços marcantes da sociedade que aqui se formou. Material perfeitamente adaptado à vida nos trópicos, cumprindo uma função utilitária e decorativa, capaz de desvelar influências, gostos, redes de comércio, relações, estórias e memórias. Elemento ao mesmo tempo abrangente, capaz de descrever parte do progresso técnico e cultural da Sociedade Ocidental, restrito e particular, uma vez que foi testemunho da vida cotidiana e doméstica nas cidades. Apresentar parte dessa história é o que pretende a exposição Azul Cobalto – Azulejos e Memórias.

No final da década de 80, o colecionador e empresário Nelson Torzecki foi seduzido pela arte do azulejo. Contando com o apoio do amigo e sócio Plinio Froes, o colecionador foi mergulhando cada vez mais em sua paixão, e entre feiras e antiquários, foi garimpando essas joias do passado. No decorrer de sua trajetória Nelson Torzecki acumulou um acervo ímpar, constituído por mais de duzentos tipos diferentes de azulejos, totalizando cerca de 3.000 itens, que vão de peças avulsas a grades painéis azulejares. Esses fragmentos da história, pertencentes a residências, prédios, palacetes e outros tipos de imóveis demolidos ou desocupados nas mais antigas capitais brasileiras consubstanciam-se em um dos mais importantes acervos dentro das linhas de pesquisa da urbanização das cidades, com especial destaque para o Rio de Janeiro. No intuito de reafirmar seu compromisso com o desenvolvimento social e cultural da cidade do Rio de Janeiro, o Instituto Rio Scenarium catalogou e selecionou as principais peças da Coleção de Azulejos Nelson Torzecki, a fim de apresenta-las para o grande público.

foto: Galeria Scenarium

foto: Galeria Scenarium

A exposição traz azulejos produzidos em distintos países, como Holanda, França, Bélgica, Portugal, Alemanha e Inglaterra, e discorre sobre a evolução técnica e estilística destes objetos, presentes na arquitetura brasileira desde o século XVII. Da Coleção de Azulejos Nelson Torzecki, destacam-se os acervos de azulejaria holandesa de motivo isolado, produzidos entre os séculos XVII e XX; os azulejos Barroco e Rococó, elaborados em Portugal nos séculos XVIII e XIX, incluindo um antigo painel da igreja do Convento de Santo Antônio, situado na cidade do Rio de Janeiro; traz ainda Registros de Santos existentes nas antigas casas de subúrbio e outros inúmeros azulejos produzidos entre o final do século XIX e inicio do XX, que integraram os interiores e fachadas das edificações de nossas cidades.

saiba mais: www.galeriascenarium.com.br/#!azul-cobalto/c1biv

Serviço
Exposição Azul Cobalto – Azulejos e Memórias
Horário: a partir do dia 06/11 de terça a sábado, de 12h às 20h
Local: Galeria Scenarium – Rua do Lavradio, 15 – Centro Antigo – RJ
Entrada: Franca

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Rio Comprido II - Av. Paulo de Frontin


É muito provável que se trate de um reaproveitamento de azulejos oriundos das grandes demolições acontecidas no Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XX.


foto: Raul Félix

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Centro LI - Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens

fonte >>
A invocação a Maria, mãe de Cristo, surgiu no convento de São Francisco das Chagas, no bairro de Xabregas, em Lisboa. A devoção a Nossa Senhora Mãe dos Homens chegou ao Brasil depois do século XVIII, trazida por um personagem envolto em mistério, o Irmão Lourenço, um membro fugitivo da família Távora, perseguida pelo Marquês de Pombal por razões políticas.

domingo, 19 de outubro de 2014

São Cristóvão V - Hospital dos Lázaros (Hospital Frei Antônio)

fonte >>
A origem do Hospital dos Lázaros deve ser atribuída ao governador-geral do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade, conde de Bobadella. Em 1741, ele manda recolher 52 leprosos em pequenas casas simadas em São Cristóvão, sustentando-os com suas esmolas. Esses doentes estavam entregues aos cuidados de enfermeiros donatos, frades franciscanos de Santo Antônio, auxiliados por negras detentas de crimes graves.

domingo, 28 de setembro de 2014

Azulejos: peças que se encaixam para contar a história do Rio

A arquiteta Dora Alcântara, de 83 anos, fala da importância dos azulejos, do período colonial ao modernismo

POR LUDMILLA DE LIMA / PAULA AUTRAN / SIMONE CANDIDA / RODRIGO BERTOLUCCI | 28/09/2014 6:00 / ATUALIZADO 28/09/2014 8:34
fonte: O Globo 

Dora Alcântara, 83 anos, com um painel em sua varanda
Gustavo Miranda / Agência O Globo
RIO - Para contar a história da azulejaria no Rio, é preciso montar um verdadeiro quebra-cabeça. Embora diferente de outras capitais, como São Luís e Recife, que dispõem de um conjunto uniforme de edifícios e igrejas azulejados, a cidade ainda guarda um rico patrimônio em azulejos que perpassa variadas épocas, desde o início da colonização. Há mais de 50 anos, a maior responsável por seguir essas pistas em todo o país é a arquiteta Dora Alcântara, de 83 anos, professora aposentada da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ e conselheira do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).

São Cristóvão IV - Igreja de Nosso Senhor do Bonfim e de Nossa Senhora do Paraíso

Google Street View

sábado, 16 de agosto de 2014

Botafogo IIb - rua Bambina x rua Marechal Niemeyer

imagem: Google Street View
Hoje encontrei um nome para este padrão usado no imóvel acima em Botafogo, que se chamaria "Lagarto", segundo a tese de mestrado "Fachadas azulejadas na margem do Sul do Tejo - Barreiro: 1850-1925", de Isabel Augusta dos Pires, defendida em 2013 na Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras.

Saúde XV - Ladeira João Homem

postagem original: 18/09/2012
última atualização: 16/08/2014




Esta casa de apenas um pavimento e um subsolo, que não tem indicação do ano de construção, o que me faz pensar que seja do início do século XX, como as demais à sua volta, se destaca das demais por ser a única nesta rua com azulejos art nouveau em relevo e vernizes semi-transparentes.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Ficção I - Malhação


Ontem estava fazendo esteira na academia, vendo um seriado no tablet com fones, mas mesmo assim, por alguma razão minha atenção foi desviada para as TVs da própria academia, e... AZULEJOS! Desconfio que o vício já se tornou quase paranormal.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Introdução do Neoclassicismo e Modernismo versus Tradições Culturais no Brasil

fonte: site JRRIO, 11/2013

Comentários de Lúcio Costa sobre a “brutal” introdução do Neoclassicismo no Brasil por Grandjean de Montigny, na época da criação da Academia Real de Belas Artes no tempo de D. João VI e também sobre a “repentina” introdução do modernismo purista e racionalista de Le Corbusier.

Estes dois arquitetos eram franceses, ambos com um estilo predominantemente Cartesiano e racionalista. Lúcio Costa menciona a ruptura com a liberdade encontrada na arquitetura colonial (referindo-se ao barroco e rococó), e assimilação de antigas tradições culturais como uso de azulejos, assim como a utilização de novos materiais, como granitos que anteriormente não eram utilizados. Abaixo a continuação que vem de uma entrevista do arquiteto.

LC — Os azulejos eram uma tradição. Aqueles silhares enormes nas igrejas nos séculos XVII e XVIII, em toda parte, salvo em Minas. No Norte, muito, principalmente no Maranhão, mas aí já é no século XIX. E Porto Alegre? Eu me surpeendi quando fui às Missões para restaurar e instalar aquele museu. Eu não conhecia Porto Alegre e lá havia muitas casas forrradas de azulejos, e até com muito cuidado porque encomendavam azulejos especiais, para guarnecer as pilastras, plintos e platibandas.

AR — Imitando a feição neoclássica.

LC — E, adoçando o neoclássico, porque a introdução do neoclássico no Brasil foi uma certa violência. A nossa tradição era o barroco, o rococó que estava já se esgotando. Mas a imposição do neoclássico pelo Montigny e pelos portugueses anteriores e ele, o Domingos e os outros cujos nomes eu não recordo, foi uma ruptura importada.



sábado, 24 de maio de 2014

Centro XXIIIc - Igreja da Ordem Terceira do Carmo

cúpulas azulejadas da Igreja da Ordem Terceira do Carmo.

Volto hoje à Igreja da Ordem Terceira do Carmo, que já foi vista em detalhes nesta postagem anterior, pois casualmente encontrei esta foto de de 1894, que mostra a inauguração da estátua do General Osório, Marquês do Herval, na atual Praça XV, de autoria de Rodolfo Bernardelli. Na foto podemos ver sem qualquer dúvida que as cúpulas, no canto superior direito da foto, já estavam azulejadas por esta época. Na postagem anterior há uma foto de 1870, onde é quase certo que as cúpulas já estavam azulejadas, mas a imagem infelizmente não é totalmente clara neste aspecto.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Centro XLIX - rua Miguel Couto


Este prédio tão bonito tinha me escapado aos olhos por este tempo todo, até que um dia, fazendo compras no centro da cidade, ele me chamou a atenção (a luz refletida de fim de tarda de outono, com o seu laranja rosado sobre os azulejos verdes era algo impossível de não se notar!) e parecia me questionar "por que eu ainda não estou em seu blog? Só porque a concorrência nesta rua é peso-pesada?"

domingo, 27 de abril de 2014

PATRIMÔNIO - Azulejos antigos no Rio de Janeiro

Pequeno artigo de minha autoria, originalmente publicado em 21 de setembro de 2012, na "Página da CAZA",
no caderno Arte do Jornal do Commercio do Rio de Janeiro.


Azulejos de figura avulsa portugueses, séc. XIX (?)


domingo, 23 de março de 2014

Centro XLVIII - Igreja de Santa Luzia

Há muito que queria fazer uma postagem sobre as cúpulas da Igreja de Santa Luzia, que é mais um dos tantos exemplos de cúpulas azulejadas no Rio de Janeiro.

fonte >>

Mas me faltava ir até à Igreja fazer as fotos das cúpulas. O que agora irá demorar um bom  tempo, pois a igreja (felizmente) entrou numa profunda e detalhada restauração.

O lado bom disso é que existe um diário fotográfico da restauração em andamento, e neste, há fotos muito boas das cúpulas, de um ângulo que eu não poderia fotografá-las.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Azulejos Antigos no Rio de Janeiro – da saudade à descoberta de um patrimônio azulejar original

por Fábio Carvalho
dez 2013/jan 2014

Comunicação (revisada e ampliada) apresentada no Segundo Encontro O AZULEJO HOJE, organizado pelo PISAL (Programa de Investigação e Salvaguarda do Azulejo de Lisboa em espaço público), da Câmara Municipal de Lisboa, no dia 6/12/2013, no Teatro Aberto, Lisboa, Portugal.


Meu interesse por azulejaria antiga começou com as aulas que tive sobre o tema em 2008, com a professora Dora Monteiro de Alcântara. Foi um curso compacto porém intenso, dentro do programa do Mestrado de Arqueologia do Museu Nacional (UFRJ). Naqueles poucos dias de aulas teóricas e práticas, e excursões por museus e igrejas, foi em mim inoculado o vírus da “gripe” do azulejo, que de imediato me abriu os olhos para algo que estava ali, pelas ruas de minha cidade natal, e eu sequer notava! Mas esta “gripe” ainda haveria de me levar por caminhos inesperados.
Turma de 2008 do Mestrado de Arqueologia do Museu Nacional/UFRJ.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Santa Teresa VII

Mais uma vez temos aqui uma postagem que só é possível graças ao olhar astuto e incansável de Raul Félix. Desta vez temos o torreão azulejado de uma casa neocolonial no bairro de Santa Teresa.

Imagem Google Street View 

terça-feira, 14 de janeiro de 2014